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Alunos colhem mais de 80 kgs de lixo na praia do Porto Brandão no âmbito de um projeto de ciência cidadã

   

Na manhã de 18 de janeiro de 2022, a turma 12º B pôs as mãos à obra e vasculhou uma praia à procura do plástico, e da fonte da sua abundância. O motivo por trás desta pequena visita à praia do rio Tejo nasceu do Projeto Plastic Pirates Go Europe, que é um projeto em ação na Europa e no Chile. Os objetivos do projeto são documentar a existência do plástico e incentivar a cooperação entre cidadãos e cientistas, principalmente, para fomentar o avanço científico e ultrapassar a noção do caráter estranho da ciência. Por outras palavras, o projeto visa incentivar cidadãos a participar e a procurar entender a Ciência.

 

Sob a coordenação da professora de Biologia, Élia Martins, 17 alunos divididos em quatro grupos colheram o lixo existente na praia do Porto Brandão para depois o separar e classificar na escola, para determinar o tipo de lixo que se encontra em abundância. Ao total foram recolhidos 87 quilos. Dois grupos trabalharam na praia, enquanto o terceiro grupo recolheu dados acerca do rio. O quarto grupo documentou o processo da atividade nas mãos dos colegas.

 

A atividade respeitou uma estrutura de cinco passos para tornar os resultados e as conclusões decorrentes mais fidedignas, isto é, a atividade seguiu um método científico importante para o funcionamento do projeto. Começando por cada grupo ter de formular uma questão-problema, formular hipótese(s) e verificar os dados obtidos para chegar às conclusões pertinentes. Passando para a parte prática, os alunos seguiram um método investigativo e recolheram dados para, no final, poder comparar dados e chegar a conclusões.

 

Os grupos A e B procuraram responder a perguntas sobre a natureza da poluição que surge na praia, ou a sua frequência. Já o grupo C tentou explicar a razão entre resíduos naturais e não-naturais na água. O grupo D investigou a origem da poluição no rio, prevendo formas de a controlar. Este grupo “supervisionava” passivamente o trabalho dos colegas, averiguando o sucesso da amostragem.

 

A maior parte do lixo consistia de beatas usadas, garrafas de vidro (na maior parte das vezes já fragmentadas), embalagens de comida e cabos antigos. No dia da recolha de lixo, encontravam-se também várias caixas de fogos de artifício. Tendo em conta a importância industrial do local e as festividades recentes de Ano Novo, percebe-se a origem e a abundância do lixo.

 

Foi uma agradável coincidência a turma ter encontrado um investigador britânico envolvido na indústria farmacêutica e no estudo de polímeros, estando no momento a contribuir para o desenvolvimento de rolhas de plástico biodegradáveis e que, amavelmente, se disponibilizou a ser entrevistado. Saudou a nossa atividade e relatou como ele próprio havia passado um fim de semana a coletar plásticos e outras formas de poluição, buscando ajudar os residentes a embelezar sua praia.

Ao fim da manhã diversos residentes e transeuntes tinham já observado o trabalho dos alunos e obtiveram uma noção da importância do combate à poluição e consideração pela biodiversidade existente no local.

A atividade deste projeto será repetida em maio, de acordo com a metodologia seguida.

Quem quiser saber mais sobre o projeto “Plastic Pirates Go Europe” pode consultar a página do projeto: https://www.plastic-pirates.eu/pt

 

Quem quiser consultar os resultados obtidos pela turma 12º B pode ir a: https://www.plastic-pirates.eu/en/results/data/4875

 

Philip Nankin, Priscilla Kethyn, Martim Moskvitin, Marcos Figueiredo, Camilla Barroso, alunos do 12ºB

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